quarta-feira, 2 de outubro de 2013

THE PHANTOM OF THE OPERA (1910) - GASTON LEROUX



Eu conhecia a história do Fantasma da Ópera muito vagamente, mas passei a me interessar por ela quando fui assistir a um musical há mais de vinte anos em cartaz, no Teatro de Londres. Fui buscar maiores informações desse clássico romântico, e me deparei com um filme igualmente ótimo – também um musical – estrelado por Gerald Butler, na melhor performance do fantasma. Desconheço o filme antigo, mas recentemente finalizei a leitura do livro de Gaston Leroux, que deu origem a tanto material de produção.
A história é criativa: Um homem solitário vivendo nos porões de uma ópera hipnotiza uma menina jovem e ingênua (Cristine Daeé) com a sua sensibilidade musical e talento de um virtuose. Na melhor vibe paixão professor/aluna, os dois se entrelaçam numa história romântica platônica. Pra variar, um dos mandamentos do romance é um triângulo amoroso, completado, nesse caso, pelo Raoul (Visconde de Chagny). O livro é menos romântico que os musicais. 

O Erick (o Fantasma) não é, nem de perto, lindo e maravilhoso como o Gerard Butler.


  
Nem é um ser tão encantador. Na verdade, ele é sim muito persuasivo – mas é o tipo de persuasão que mete medo e não que provoca os ardores da paixão. O Fantasma do livro é insano e é quase-do-mal, não fosse pela sensibilidade artística que encanta também ao leitor.
E tem a história pregressa do Erick que também ficamos sabemos mais profundamente no livro, mas não totalmente. No filme ele só aparece numa jaula, sendo resgatado pela Madame Giry. No livro o vínculo de amizade (ou o mais próximo disso) é com o Persa. E descobrimos que o fantasma da Ópera – apesar do livro não explicar suas origens – andou pela Pérsia trabalhando para uma espécie de Rei e que se especializou em ilusionismo, criando um quarto dos suplícios (aquele quarto de espelhos que Raoul é preso no filme).
Na película o fim é mais ameno, com a morte de Daeé e a suposta sobrevivência do Erick, nosso Fantasma, que deixa uma flor com um laço preto no túmulo da protagonista (o Raoul também segue vivo). No livro o final é mais trágico, Cristine e Raoul optam por uma vida de reclusão (mas obviamente feliz) e Erick morre logo depois dos trágicos acontecimentos, sendo enterrado por Daeé nos porões da Ópera.

Recomendo ambos. O livro é mais denso, por óbvio. Mas pra quem busca mais romance e menos drama, o filme é mais encantador.

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